Frustração com a GT 730 Fermi em 2022

Índice

1. Introdução
2. A estratégia da NVidia e ASUS para vender placas de vídeo
3. A confusão com as diferentes versões da GT 1030
4. A família GT 710
5. O problema com as variantes da GT 730
6. O uso do chip GTX 650s no Kepler GT1030
7. O acúmulo de estoque de GPUs Ampere
8. As especificações da GT 730 Fermi
9. Problemas com os drivers da placa
10. Desempenho em jogos
11. Conclusão

A estratégia da NVidia e ASUS para vender placas de vídeo

A indústria de placas de vídeo é conhecida por suas táticas de marketing enganosas, e a NVidia e ASUS não são exceção. Uma estratégia comum usada por essas empresas é pegar chips da geração anterior e colocar um rótulo de uma placa de vídeo da nova geração, para depois vendê-las como se fossem as mais recentes. Essa prática é ilegal para o consumidor comum, mas as grandes empresas parecem conseguir escapar impunes.

No vídeo que planejei fazer sobre a placa Kepler GT 730, acabei descobrindo essa estratégia e decidi expô-la. Além da análise da placa em si, também vou fazer uma previsão sobre o possível retorno das GPUs Ampere ao mercado, devido ao excesso de estoque da NVidia.

A confusão com as diferentes versões da GT 1030

Um dos casos que mais chama a atenção é o da GT 1030. Existem três versões dessa placa, todas com o mesmo nome, mas com características diferentes:

1. Uma versão usando o chip Pascal GP108, com Memória GDDR5, lançada em maio de 2017.
2. Uma versão usando o mesmo chip GP108, porém com memória DDR4, lançada em março de 2018.
3. Outra versão usando o chip Kepler GK 107, e memória GDDR5, lançada em setembro de 2018.

Essa confusão dificulta a vida do consumidor, que acaba comprando uma versão menos poderosa da placa sem sequer perceber.

A família GT 710

A família de placas GT 710 segue a mesma estratégia de confusão. A melhor versão da GT 710 é baseada no chip Kepler, com memória GDDR5. No entanto, existem variantes que substituem a memória GDDR5 por DDR3, assim como ocorreu com a segunda versão da GT 1030. Além disso, a GPU também é substituída em algumas versões, com opções menos poderosas.

O problema com as variantes da GT 730

A situação se repete com a GT 730. Assim como na GT 710, há uma mistura de GPUs Kepler e Fermi, juntamente com memórias DDR3 e GDDR5. No entanto, nesses casos é um pouco mais previsível, já que a memória DDR3 indica a presença da GPU Fermi, enquanto a GDDR5 é para a GPU Kepler. Mas, mesmo assim, é frustrante ver o mesmo nome de placa sendo usado em GPUs de arquiteturas e subsistemas de memória diferentes.

O uso do chip GTX 650s no Kepler GT1030

Outro fato interessante é que as variantes do Kepler GT1030 e GTX 650s utilizam o mesmo chip. Além disso, o GT 430 compartilha o mesmo chip GF 108 com a GT 730 baseada em Fermi.

Tudo isso demonstra que essa parece ser a estratégia da NVidia para lidar com o estoque acumulado de diversas GPUs. Elas são usadas de forma não transparente em placas de vídeo que inicialmente utilizam GPUs melhores, mas depois silenciosamente trocam por chips mais antigos ainda não vendidos.

O acúmulo de estoque de GPUs Ampere

No momento, a NVidia está enfrentando um excesso de estoque de GPUs Ampere. Embora as placas da série 4030 não precisem usar chips GA, pois coexistem com a série 3000, é possível que as versões de 5030 a 5050 possam ver um retorno silencioso de Ampere, e a 6030 também seja bastante provável. A história parece se repetir.

As especificações da GT 730 Fermi

A GT 730 Fermi é baseada na GPU Fermi GF 108, que foi lançada em outubro de 2010. Ela possui 96 núcleos de processamento, 16 TMUs e 4 ROPs. A placa utiliza PCIE 2.0 x 16 e possui um clock padrão de 700 MHz, mas pode ser overclockada para 850 MHz. A versão da ASUS vem com 2 GB de memória DDR3 em um barramento de 128 bits. A VRAM possui um clock padrão de 800 MHz, mas foi possível overclocká-la para 950 MHz, porém com problemas de artefatos em 1000 MHz.

Problemas com os drivers da placa

A experiência do usuário com os drivers da GT 730 Fermi é horrível. Ao tentar baixar os drivers mais recentes para a placa no site da NVidia, selecionar GT 730 (como está impresso na placa) faz com que o usuário receba o driver legado mais recente, para a arquitetura Kepler, que obviamente não é instalado. Isso deixa o usuário confuso e sem entender por que não consegue instalar os drivers mais recentes para sua placa.

Selecionar GT 430 na página da NVidia fornece o driver correto, ou seja, um pacote de driver que é instalado e executado corretamente.

Esse problema é problemático e terá consequências nos benchmarks de jogos.

Desempenho em jogos

O desempenho da GT 730 Fermi em jogos é bastante limitado. A placa não consegue entregar uma taxa de quadros aceitável em jogos mais exigentes, mesmo em configurações de 720p e baixa qualidade. Em vários jogos testados, a taxa de quadros média ficou abaixo de 30 FPS, o que é considerado insatisfatório para a maioria dos jogadores.

No entanto, é importante ressaltar que o overclock da placa pode proporcionar um aumento significativo no desempenho, tornando alguns jogos jogáveis em configurações mais baixas. Mesmo assim, é recomendável investir em uma placa mais poderosa se você deseja desfrutar de uma experiência de jogo mais satisfatória.

Conclusão

Em conclusão, as táticas de marketing enganosas utilizadas pela NVidia e ASUS para vender placas de vídeo podem abrir margem para confusões e insatisfação por parte dos consumidores. O uso de chips de gerações anteriores em placas de nova geração pode resultar em um desempenho abaixo do esperado, mesmo em jogos mais simples.

Portanto, é importante estar atento às especificações e características de cada placa de vídeo antes de realizar a compra. Além disso, é recomendável pesquisar sobre o suporte de drivers e o desempenho em jogos antes de tomar uma decisão.